Doenças negligenciadas são foco de parceria entre ECoS e Ministério da Saúde

No dia 30 de janeiro, celebra-se Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas

Matéria de Laíse Matos
Revisada por Fernanda Vasques

Hanseníase, oncocercose, tracoma, filariose, esquistossomose e geohelmintíases estão na lista das Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs) que causam, anualmente, mais de 500 mil mortes pelo mundo, segundo dados da Agência Fiocruz. Nesta quinta-feira, 30 de janeiro, dedica-se atenção internacional ao tema que engloba patologias associadas ao estigma e à exclusão social.

Como explicou a professora associada ao projeto Luisiane Santana, que tem estudos no tratamento da hanseníase, “é somente pela conscientização tanto da população quanto dos profissionais de saúde, como médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, é que conseguiremos fazer um diagnóstico precoce”. A profissional alertou: “Vivemos uma epidemia oculta”.

Entretanto, o comprometimento do Laboratório ECoS com a conscientização vai além da data por meio da Rede Brasil que, em parceria com o Ministério da Saúde e universidades federais e estaduais, desenvolve a gestão da informação e a tradução do conhecimento em saúde que abrange as doenças negligenciadas.

Com representantes das cinco regiões brasileiras, o objetivo é promover ações educacionais de forma estratégica e prática para facilitar o conhecimento público e a conscientização nas medidas de prevenção e controle no enfrentamento dos agravos. A importância de enfrentar a desinformação sobre essas doenças por meio da informação está definida na carta de compromisso do projeto, assinada por 40 instituições de ensino público durante o I Encontro Nacional da Rede Brasil, que aconteceu em novembro de 2023.

“Quem vai levar conscientização? São os meios de comunicação”, disse Santana. Será, então, por meio da comunicação em saúde que a epidemia, oculta até o momento, pode receber a seriedade necessária e ser tratada. É nessa área que a Rede Brasil atua.

A missão da iniciativa será novamente discutida no período de 07 a 09 de abril deste ano na UnB. Na ocasião, o compromisso será reafirmado e novas soluções, pensadas coletivamente para abraçar a causa.

Conscientize-se

Seja por condições precárias de saneamento básico — como no caso da esquistossomose, causada pelo contato com água onde existam caramujos infectados —, ou pelo consumo de alimentos mal lavados e crus —  característico das geo-helmintíase —, a contaminação por DTNs está atrelado às regiões marginalizadas e também reforça o poder informativo na prevenção. 

Com relação à hanseníase, a professora destacou que o diagnóstico costuma ser fomentado pela presença de manchas pelo corpo, traço característico da doença. Porém, outros sintomas, como dormência e perda de sensibilidade, devem receber atenção. “A doença só pode ser prevenida por meio do diagnóstico precoce”, defendeu Santana.

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