PRIMEIROS PASSOS DO ARBOCONTROL 

Após a liberação do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) para realização das pesquisas de campo, os pesquisadores do projeto ARBOCONTROL, as viagens foram iniciadas. No dia 22/04 parte da equipe embarcou para Anápolis, no estado de Goiás e outra parte para João Pessoa, na Paraíba. A profª Valéria Mendonça, coordenadora do Laboratório ECOS e do NESP/CEAM/UnB, acompanhou a abertura de campo, bem como a profª Fátima de Sousa, associada ao Laboratório.

Os pesquisadores sanitaristas do NESP, Priscila Torres e Lucas Oliveira, visitaram a cidade de Anápolis, onde foram entrevistados dezenove professores e foi realizada uma oficina com a comunidade. Lucas comentou que “foi extremamente gratificante realizar o campo em Anápolis, principalmente por poder conhecer pessoas magníficas que através de seus pequenos esforços nos ajudaram a realizar cada parte desse projeto.”.  A Priscila acrescentou que: “temos muito a aprender com as práticas de educação em saúde realizadas nas escolas, este espaço é muito rico.”.

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Já em João Pessoa, a equipe do Laboratório ECOS direcionada foi a vice-coordenadora do Laboratório, a Profº Elizabeth Alves, a mestranda Natália Fernandes, ambas, pesquisadoras também do NESP. Os graduandos em Saúde Coletiva pela FS/UnB Pedro Falcão e Michelle Scheidegger também participaram e todos contaram com o apoio da pesquisadora do NESP, Rackynelly Soares, doutoranda em Modelos de Decisão e Saúde (UFPB).  Em João Pessoa, foram entrevistados nove professores de três escolas e dezenove profissionais de saúde de três Unidades Básicas de Saúde (UBS) e de um Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e ainda foram realizadas três oficinas com a comunidade. (Entenda melhor a Estratégia Saúde da Família – ESF).

O pesquisador Pedro visitou quatro UBS e enfatizou o quanto a experiência o fortaleceu como sanitarista e pesquisador. Comentou que os ACS e ACE, que estavam bem envolvidos na questão, deram depoimentos valiosos. Se sentiu bem acolhido, com sala preparada para as entrevistas. Percebeu que as UBS geralmente são próximas às escolas, o que demonstrou fortalecer o vínculo dos alunos com as unidades.

A mestranda Natália destacou a escola Olho do Tempo, que fica à beira do rio Gramame. A escola participa do ensino integral, funcionando no horário contrário ao das aulas tradicionais, atendendo cerca de 120 crianças de 5 a 15 anos. Aos 15 anos d@ alun@, é feita uma festa com ar de despedida, mas muitos acabam mantendo o vínculo e estão abrindo nova turma de 16 a 18 anos. A escola Olho do Tempo tem parceria com o PSE e oferece atividades lúdicas sobre o meio ambiente como de coletar material reciclado e transformá-lo em parte da escola. As crianças são bem participativas e também podem integrar a banda da escola ou o grupo de teatro e ainda contam com Mestre da ciranda e da poesia.

natNa escola Olho do Tempo, 5 educadores foram entrevistados, que normalmente são da comunidade local e estudaram na escola e vêm se qualificando ao longo do tempo, ou seja, não existem professores convencionais. Os referenciais pedagógicos da instituição são: a Pedagogia Griô, a Educação Popular e a Educação holística. A pedagogia griô é presente na busca da aprendizagem entre as idades, entre a escola e a comunidade e entre grupos étnico-raciais.

olhodotempoA escola também trabalha com a Ecoeducação, nas atividades voltadas para o rio Gramame. Eles trabalham na limpeza do rio, sem apoio local, buscando visibilidade para a escola, que também não recebe financiamento público suficiente. Mestre Dolcina sonhou e criou a escola, que hoje, luta no cuidado do rio e busca visibilidade e apoio. Ajude na busca da escola olho do tempo em imaginar possibilidades e definir futuros! Conheça mais sobre a escola agora s2!

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