Ocorreu, durante a primeira semana de novembro, a famosa Semana Universitária da Universidade de Brasília. O evento, que já está em sua 25ª edição, contou com a participação do Laboratório de Educação, informação e comunicação em Saúde em sua programação. Com 14 oficinas dispostas pela Faculdade de Saúde, sendo duas delas em parceria com a UNESCO, o Lab. ECoS recebeu um total de 220 alunos do Centro de Ensino Médio 03 de Ceilandia.
Na terça feira, dia 04, as atividades tiveram como objetivo promover o aprendizado prático e interdisciplinar, aliando saúde, tecnologia, comunicação e criatividade. a oficina de produção de fotos e vídeos pelo celular, conduzida pelo produtor de jogos João Lucas Cronemberger e pela técnica em audiovisual Manuella Câmara, que ensinaram técnicas acessíveis de captação e edição de imagem utilizando o celular como ferramenta criativa. Para os oficineiros, a presença dos alunos na universidade serve como incentivo ao ensino superior. “Essas vistas mostram para os estudantes que a Universidade também é deles”, afirmou João Lucas. “E mostra também que aqui não é coisa de outro mundo, que eles podem fazer parte disso tanto quanto nós”, completa Manuella.
Além desta, as demais oficinas fizeram sucesso: A oficina Mulheres na STEM, realizada em parceria com a UNESCO, buscou incentivar meninas e jovens mulheres a explorarem carreiras nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, mostrando exemplos inspiradores e debatendo os desafios da presença feminina nesses campos. Também em colaboração com a UNESCO, a oficina YouTube Edu apresentou estratégias de produção de conteúdo educativo para a plataforma, aproximando os estudantes do universo digital e da divulgação científica.
Na área da saúde, os alunos puderam participar da oficina de saúde bucal, ministrada pela graduanda em odontologia Emanuelle Loubach, que tratou sobre cuidados preventivos e higiene oral. Já a oficina de primeiros socorros, conduzida pelos residentes da Secretaria de Saúde, trouxe orientações práticas sobre como agir em situações emergenciais, com demonstrações e simulações de atendimento. Os estudantes puderam ainda explorar formas diferentes de cuidado, como as práticas integrativas de saúde. O biomédico e graduando em saúde coletiva, Jonathas Riquiel, foi o responsável pela oficina de PICs, onde realizou sessões de auriculoterapia.
Outro destaque foi a oficina de estratégias lúdicas de estímulo sensorial, ministrada pela graduanda de nutrição Débora Queiroz, com apoio de Manuella Câmara, que mostrou como o uso de atividades interativas pode auxiliar na educação alimentar e no desenvolvimento sensorial. Simultaneamente na Unidade de Laboratórios de Ensino de Graduação da FS(ULEG), ocorria também a oficina de Canva, ministrada pela graduanda em audiovisual Barbara Machado, que apresentou aos estudantes noções básicas de design e produção de materiais gráficos para redes sociais e apresentações acadêmicas.
Ao final da visita, os estudantes participaram ainda de uma última oficina com foco na comunicação. Liderada também pelo produtor João Lucas Cronemberger, a oficina de podcast mostrou aos estudantes como roteirizar, gravar e editar seus próprios programas de áudio, explorando o potencial das mídias digitais como ferramenta educativa.
Além das oficinas, a programação contou com momentos de descontração e aprendizado coletivo, como a brincadeira “Passa ou Repassa” sobre saúde, que estimulou o raciocínio e o trabalho em equipe por meio de perguntas temáticas, e o jogo “Detetives da Saúde”, que desafiou os participantes a resolverem mistérios relacionados a hábitos saudáveis e prevenção de doenças.
Mas, a programação não acabou por aí.
Na quarta-feira, dia 05/11, mais estudantes da rede pública lotaram a área de convivência do Hospital Universitário de Brasília, o HUB. Com brincadeiras, algodão doce e pipoca, os estudantes puderam aprender com diversão um par de coisas, entre elas, questões de saúde menstrual e feminina.
A oficina de saúde menstrual, liderada pela Mestranda de Saúde Coletiva Luana Lima reuniu meninas e meninas no processo de entendimento e cuidado com a menstruação e sistema reprodutivo feminino. Durante o momento, os jovens estudantes puderam ter uma experiência de relaxamento com técnicas de respiração e óleos essenciais.
Enquanto isso, mais atividades aconteciam em frente a superintendência do hospital. O famoso passa ou repassa da equipe ecos trouxe consigo uma temática voltada às desigualdades raciais, em homenagem ao mês da consciência negra. A equipe do laboratório ECoS teve o apoio dos servidores do HUB e de estudantes da graduação no preparo desta atividade que chamou a atenção de mais de 40 estudantes da rede pública.
O momento durou das 8h às 12h no turno da manhã e das 13h às 16h no período vespertino, garantindo que todos pudessem ter um dia cheio de integração, cuidado e conhecimento.
Por fim, no dia 06/11, foi realizado no ULEG o circuito de jogos para educação em saúde. Uma nova leva de estudantes pode se divertir — e aprender — com jogos projetados por estudantes de graduação da Universidade de Brasília – FCTS, na disciplina de Educação em Saúde. Entre eles está o jogo “epidemia de cartas”, projetado pelo médico e graduando de saúde coletiva Jonathas Riquiel, bolsista do laboratório ECoS.
O jogo, feito para entender, de forma lúdica, como prevenir a dengue, quais os sintomas e o ciclo de vida do mosquito consiste em um baralho com cartas como “chuva”, “febre”, “larvas” e mais. À medida que a partida se desenrola, os jogadores devem seguir o ritmo do jogo. Às vezes, as larvas viram mosquitos, em outras, o jogador consegue evitar que ovos sejam colocados nos criadouros. Durante a brincadeira, o participante que acabar com três cartas do “mosquito fêmea” está fora do jogo, mas a partida prossegue até que sobre somente o vencedor.
Para Jonathas, essa estratégia é fundamental para atingir os jovens “Eles podem ver que aprender também pode ser divertido, principalmente por meio de jogos”, afirmou.
Com essa última ação, o Lab. ECoS finalizou sua participação na 25ª Semana Universitária da UnB recebendo 350 alunos da rede pública em sua programação, o que reforça o compromisso em trazer educomunicação em saúde à comunidade local.


