*Após a notícia abaixo divulgada 24/07/2018, seguem correções e considerações, atualizadas dia 30/07/2018, confira.

A vice-coordenadora do Laboratório ECOS/FS/UnB -, Profa Elizabeth Alves, a Profa associada ao ECOS, Andreia Drummond, visitaram, com o apoio da Profa Carla Targino, a capital da Inglaterra, Londres, entre os dias 16 a 20 de julho. O país apresenta um sistema universal e gratuito, além de outros princípios semelhantes com o Sistema Único de Saúde – SUS.  As pesquisadoras em Saúde Coletiva conheceram o sistema de saúde local, o National Health Service (NHS), que é interligado aos sistemas locais e ainda, com a University College London (UCL).

O motivo do encontro foi por conta do Projeto intitulado: “Da Política Institucional aos Processos do Cuidar: Estudos comparados sobre as práticas de promoção da saúde nas Equipes do PSF no Brasil e seus similares em Cuba, Canadá, Espanha e México”, coordenado pela Profa Maria Fátima de Sousa, Profa associada ao Laboratório ECOS, ex-diretora da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (FS/UnB).

Tal iniciativa é do Núcleo de Estudos em Saúde Pública, que é coordenado pela Profa. Valéria Mendonça e compõe o Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da Universidade de Brasília (NESP/CEAM/UnB). Iniciado em 2007 este projeto de Estudos Comparados pretende analisar e comparar as práticas de promoção da saúde desenvolvidas no Brasil e com as práticas e sistemas de saúde de outros países, no sentido de assinalar caminhos para a superação dos desafios atuais.

Além de alguns campi da UCL, as professoras visitaram uma instituição semelhante às Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Brasil, o General Practitioner Surgery. Ademais, tiveram contato com informações de acesso e comunicação do NHS, o qual é totalmente público e bastante apoiado e utilizado pela população, bastante ativa na participação e no controle social. Foi discutido que artigos científicos viram, de forma mais direta e rápida, políticas públicas locais e que o NHS apresenta também, um sistema de identificação totalmente digital, atenção domiciliar e o serviço de assistência social integrado.

Com relação à equidade, à população LGBT e à questão racial, existem os General Practitioner Surgery voltados para determinada região ou grupo. Já existem por exemplo, essas unidades para população oriental, de africanos e de muçulmanos, afinal é uma capital bastante diversa.

Foram entrevistados dois profissionais de saúde e dois usuários do sistema.

Agora, as malas já estão prontas para a próxima viagem à Austrália em Agosto.

Continue acompanhando 😉

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Considerações da profª Andreia Drummond, referentes ao Boletim ECOS, edição 46, notícia “ECOS E NESP na Inglaterra”, divulgada , dia 24 de julho de 2018, bem como divulgada também nesta página, na mesma data.

A professora explicou que “… não existem sistemas locais interligados ao NHS. O NHS é um sistema completo, com locais equiparáveis aos nossos centros de saúde (surgery), serviços de emergências (emergency) e hospitais (hospitals). Alguns serviços especializados também são equiparáveis aos brasileiros, como serviços de saúde mental ou reprodutivo. Os serviços hospitalares de Londres são conectados com as universidades da cidade.”.

Ela detalhou que foram visitados: University College London Hospital em Bloomsbury, o King’s College Hospital e King´s College Dental Institute ambos no campus Denmark Hill, e o Barts and The London School of Medicine and Dentistry da Queen Mary University of London em Whitechapel. Além disso, foram visitados serviços especializados como o Camberwell Sexual Health Centre, e centros de atenção primária Deptford Surgery, Camberwell Green Surgery e Manor Place Surgery. A professora Andreia agradece ainda a atenção do King´s College London, em que dois pesquisadores da renomada universidade concederam as entrevistas.

É interessante destacar e enfatizar que a fase atual do projeto foi referente à viagem para a capital da Inglaterra, Londres.

Também é necessário retificar o título do projeto: “DA POLÍTICA INSTITUCIONAL AOS PROCESSOS DO CUIDAR: ESTUDOS COMPARADOS SOBRE AS PRÁTICAS DE PROMOÇÃO DA SAÚDE NAS EQUIPES DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NO BRASIL E SEUS SIMILARES EM ARGENTINA, AUSTRÁLIA, COSTA RICA, INGLATERRA, REPÚBLICA DOMINICANA”.

Por fim, a profª Andreia comentou que nas entrevistas realizadas foram relatados que não existem unidades ou políticas de saúde específicas para grupos como por exemplo LGBT, pois não há dados que indiquem a necessidade para tal. Ainda, relataram que existem no NHS, serviços de tradução para que o acesso ou acessibilidade de pessoas que não falam a língua inglesa possam ser proporcionados, assim como deslocamento de profissionais de saúde específicos para locais em que a população tem dificuldade de acesso por motivos culturais ou religiosos, como é o caso de mulheres muçulmanas. Os profissionais de saúde entrevistados foram dois professores titulares, membros de conselhos ou juntas profissionais no NHS, além de um deles ser consultor da Organização Mundial de Saúde.

A equipe do Laboratório ECOS agradece o apoio dos professores entrevistados, bem como do King´s College London e todos que colaboraram no encontro!